sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Nota de esclarecimento

Bispo de Limeira denuncia violência em confronto em área ocupada por sem-terra

A Diocese de Limeira, na pessoa de seu bispo Dom Vilson Dias de Oliveira e de seu clero, vem a público manifestar seu repúdio ao lamentável confronto ocorrido entre o MST e a polícia militar mediante a ocupação daqueles do Horto Florestal Tatu.
A referida área de terra, ocupada pelo movimento, é uma área que está oficialmente e nome da extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) que, devido a sua extinção, passou a ser patrimônio da União. O INCRA já solicitou a área para a reforma agrária (of. nº 1960/2007). Aguarda-se, portanto, a transferência para o Governo Federal (of. 392/2007), o que possibilitaria sua transferência para o INCRA.
A Prefeitura Municipal de Limeira solicitou a compra da área em março de 2005, mas o negócio não foi concretizado. Mesmo assim, solicitou a reintegração de posse em maio de 2007, ao que o juiz Flávio Dassi Vianna, da Vara da Fazenda Pública de Limeira concedeu a imediata reintegração do imóvel à prefeitura em 22 de novembro de 2007.
Pelo ofício da GRPU/SP nº 941/2007, assinado pela gerente regional do Patrimônio da União no Estado de São Paulo, foi declarado que não subsiste mais o instrumento prévio regulador da intenção de venda firmado entre a RFFSA e a prefeitura de Limeira e que o imóvel será destinado ao Programa Nacional da Reforma Agrária. Apesar disso, o Sr. Prefeito Municipal, Sílvio Felix, ordenou a retirada dos membros do MST com o uso da força e o abuso do poder.
Esperava-se da atual Administração no mínimo a sensibilidade e a pré-disposição para o diálogo anteriormente, a fim de que tudo pudesse ser encaminhado para o bem comum, e não para o uso da violência que afeta a dignidade humana de maneira física, psíquica e moral, que atingiu homens, mulheres (inclusive grávidas), deficientes físicos e até crianças. Ainda que a terra pertencesse à Prefeitura, a violência nunca foi e nunca será a maneira civilizada pela qual a humanidade irá resolver seus impasses. Particularmente num país como o Brasil, onde a desigualdade social é absurda, é preciso o diálogo e a valorização dos movimentos sociais.
Como Igreja Católica, Igreja de Jesus, que assume verdadeiramente os valores de seu Evangelho, não podemos ficar calados diante da maneira como estas pessoas foram violentadas de diversas formas, quer seja pelo abuso do poder, quer seja pela violência dos policiais contra a integridade física das pessoas. O ser humano merece o respeito a sua vida e por isso a Igreja se solidariza com os acampados que trabalham por isso com as condições que possuem, buscando seu lugar na sociedade e seu espaço de terra para trabalhar, plantar e viver.
Solicitamos às autoridades competentes que apurem os fatos, particularmente, da polícia militar e demais agentes a serviço da justiça que estavam no local, que não aceitaram o diálogo, nem mesmo com a Igreja, afim de que sejam punidos aqueles que praticaram abusos e vitimaram tantas pessoas. Acrescente-se ao episódio, a proibição da imprensa de atuar no acampamento para não registrar os fatos e deporem contra a arbitrariedade da atuação policial.
Crendo fielmente no amor do Pai, anuncio de Jesus e anseio dos cristãos, apelamos a todos os homens e mulheres de boa fé, que temem a Deus, para que a justiça seja feita e paz reine entre nós.

www.cnbb.org.br

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

É na sexta-feira: Marcha dos Sem protesta contra desmonte do Estado

Nesta sexta-feira, 30 de novembro, é dia da 12ª Marcha dos Sem, promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS) e pelo conjunto de entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (MMM, MTD, UNE, CONAM, CNBB, Via Campesina, UBES, CMP, MST, UBM, MNLM e CUT). Este ano o tema da marcha é dedicado à luta contra o desmonte do Estado, que está sendo promovido pelas políticas do governo Yeda. Ao final do primeiro ano do atual governo, cresce a mobilização em toda a sociedade gaúcha contra a política do choque de gestão do chamado "novo jeito de governar".
A concentração da marcha inicia às 15 horas, em frente ao prédio da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul/Fase, na avenida Padre Cacique, 1372. A marcha começa às 16 horas, saindo da avenida Padre Cacique e indo em direção ao Palácio Piratini. Os organizadores da Marcha dos Sem produziram um jingle para a manifestação. Clique AQUI para ouvir.

http://miguelrossetto.blogspot.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Nota da Presidência da CNBB sobre a transposição do Rio São Francisco e o jejum de Dom Luiz Cappio


Ao tomar conhecimento, nesta terça-feira, 27 de novembro, da decisão de Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, bispo da diocese de Barra (BA), de retomar o “jejum e a oração” por causa do projeto de transposição do Rio São Francisco, a Presidência da CNBB reafirma o que já teve ocasião de expressar.
Em relação à transposição, a CNBB considera que:
· o Estado tem a responsabilidade de garantir à população o acesso à água de boa qualidade, que é um direito humano e um bem público necessário aos seres humanos, aos animais e às plantas;
· é necessário dar continuidade a um amplo diálogo visando a soluções adequadas e considerando as alternativas apresentadas pelas forças sociais populares envolvidas no processo, para promover o desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente, a agricultura familiar e a convivência com o semi-árido;
· é preciso cuidar da revitalização do Rio São Francisco e do respeito ao direito à terra dos povos da região, particularmente indígenas, quilombolas, população ribeirinha.
Temos clareza que o tema da transposição do Rio São Francisco traz consigo muitas implicações, não havendo unanimidade nem mesmo na Igreja, o que julgamos perfeitamente compreensível.
Esperamos que o diálogo se estabeleça a fim de que a vida e a justiça prevaleçam sobre quaisquer outras razões.

Brasília, 27 de novembro de 2007
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

“Salvos pela esperança”, a nova encíclica de Bento XVI

Na próxima sexta-feira, dia 30, o papa Bento XVI publicará sua segunda encíclica intitulada Spe salvi (salvos pela esperança). O novo documento será apresentado aos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, às 11:30h (14:30h de Brasília), pelos cardeais Georges Cottier e Albert Vanhoye.
Spe salvi é uma reflexão sobre a segunda virtude teologal, a esperança, contém 65 páginas e se inspira na carta de São Paulo aos Romanos. Será publicada, inicialmente, em oito línguas: latim, espanhol, italiano, francês, inglês, português, polonês e alemão.
Encíclicas são cartas circulares que o papa escreve destinada aos bispos e, por seu intermédio, aos católicos. Nas encíclicas, o pontífice assume uma posição sobre um determinado tema, ou acrescenta algo à Doutrina da Igreja, com um tema particular. A primeira encíclica de Bento XVI, Deus caritas est (Deus é amor) é de janeiro de 2005.
Segundo o site da Rádio Vaticano, fontes do Vaticano atestam que Bento XVI já estaria trabalhando em sua terceira encíclica, sobre temas sociais. O texto teria sido escrito em julho passado, durante suas férias em Lorenzago di Cadore, norte da Itália, e, sucessivamente, na residência pontifícia de verão, de Castelgandolfo.

www.cnbb.org.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Frei da Pastoral da Terra se diz ameaçado de morte

Henry des Rosiers, frei dominicano frances com 77 anos, anda com proteção policial desde o assassinato de Dorothy Stang; polícia investiga caso.Carlos Mendes jornal O Estado de S. Paulo, 21-11-2007BELÉM - Advogado e coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Xinguara, no sul do Pará, Frei Henry des Rosiers disse ter recebido informações de policiais militares da região de que poderá ser assassinado a qualquer momento por três pistoleiros contratados por R$ 50 mil. O serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) investiga a ameaça desde o final de outubro, mas até agora não divulgou o resultado do trabalho. O suposto valor estipulado pelo crime é o mesmo prometido aos assassinos da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta com seis tiros no dia 12 de fevereiro de 2005. Frei Henry, que desde o assassinato de Dorothy Stang, anda com proteção policial, disse que não abandonará sua luta em defesa dos direitos humanos e da reforma agrária. "Tem gente aqui muito mais ameaçada do que eu. Não vou me intimidar com isso", afirmou. Ele registrou queixa na delegacia de Xinguara e foi informado de que um dos pistoleiros já não estaria mais no Estado. Frei Henry já foi premiado nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva com a medalha nacional de direitos humanos. De acordo com as investigações, os principais interessados na morte do frei seriam fazendeiros da região inconformados com as constantes invasões de suas terras. Eles atribuiriam ao advogado da CPT a responsabilidade pelas invasões e podem ter decidido matá-lo para intimidar os movimentos sociais empenhados na luta pela reforma agrária.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac83036,0.htm
A CPT emitiu nota ontem cobrando providências mais efetivas das autoridades. “Não faz sentido oferecer proteção policial aos ameaçados de morte se não são adotadas medidas eficazes para sequer concretizar as condenações judiciais referentes aos mandantes e executores de trabalhadores rurais”, diz a nota. De 1971 a 2006 foram registrados no Pará 814 assassinatos no campo, dos quais 568 permanecem sem apuração. Os casos investigados resultaram em 92 processos criminais, dos quais só 22 foram julgados pelo Tribunal do Júri, todos com condenação - 16 pistoleiros e 6 mandantes.
http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=10847

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Por que falar em Negritude na Bíblia

Acontece no dia 20 de novembro, e os dias que envolvem aquela semana, vários eventos, comemorações, protestos, reflexões e celebrações em torno da Semana Nacional da Consciência Negra. Nós do CEBI queremos retomar a reflexão sobre o tema "negritude" como desafio para incorporarmos mais isso no nosso suor, nas falas, textos e organização local, regional e nacional.
Os evangelhos sinóticos são unânimes em afirmar que um certo Simão de Cirene ajudou Jesus a carregar a cruz, a caminho do Calvário (Mt 27.32; Mc 15.21; Lc 23. 26). Ora, Cirene fica no norte da África, mas alguma vez você ouviu em prédica ou sermão, na catequese, na escola dominical ou no ensino confirmatório, que um africano ajudou Jesus a carregar a cruz? Estudiosos dirão que se trata de um judeu da diáspora, visto que no norte da África havia várias colônias judaicas. Mas com que argumentos ou intenções fazem esta escolha na interpretação?
Por contrariar os interesses da corte de Jerusalém, pouco antes da destruição da cidade pelas tropas babilônicas, o profeta Jeremias foi preso e lançado numa cisterna. Um africano, funcionário do rei (seu nome, Ebed-Melec, significa “ministro do rei”), liderou um movimento para libertar Jeremias (Jr 38,1-13). Quantas vezes você se lembra de ter estudado este texto, dando atenção a este “detalhe”?
Moisés casou-se com uma africana, da região de Cush – Etiópia (Num 12). Na verdade, quase toda a historia do êxodo se passa na África. Uma simples leitura do Canto de Miriã (Ex 15, 19-21), com certeza um dos textos mais antigos de toda a Bíblia, nos permite notar a proximidade da cena com a rica cultura dos povos negros: canto e dança ao redor dos tambores. Você já parou para pensar nisso?
O missionário Filipe, ao “aceitar a carona” na carruagem do negro e alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, tem uma grata surpresa: o africano já tem em suas mãos o livro do profeta Isaías (At 8, 26-40). E há quem continue afirmando que foram os europeus que levaram a Bíblia para a África!
Por isso, queremos continuar a reler toda a Bíblia na perspectiva de negritude.!
Em primeiro lugar, porque seguimos acreditando que o Deus da Bíblia faz opção pelas pessoas e pelos grupos mais marginalizados. Em nossa sociedade, as mulheres, as pessoas negras e indígenas continuam sendo as maiores vítimas da gritante exclusão social. Com elas aprendemos a resistir. Em segundo lugar, porque queremos e podemos descobrir as raízes negras do povo hebreu e de toda a Bíblia. De fato, antes de ser européia, a Bíblia é afro-asiática. Não negamos a contribuição européia ao nosso continente, queremos seguir trocando saberes com o chamado “Velho Continente”. Mas denunciamos o cristianismo branco e opressor, com teologias que chegaram ao absurdo de justificar a escravidão negra (feita pelos brancos) e que continuam, muitas vezes, negando nossas raízes.
Não queremos fazer isso apenas pinçando textos bíblicos nos quais apareçam personagens africanas. Este até pode ser o primeiro passo, um exercício necessário e interessante. Mas é preciso mais do que isso, é preciso olharmos toda a Bíblia na perspectiva da negritude. Porque essa é nossa experiência, ainda que negada: vivemos num país onde metade da população é afro-descendente. “Coincidentemente”, é a metade mais pobre.
Que aceitemos o desafio de mergulharmos na Bíblia e na vida com nosso olhar afro-descendente. Afinal, por muitos séculos, fizemos isso apenas com o olhar europeu. Erramos e acertamos, agora vemos que é preciso mais. Ou manteremos a opção, muito mais cômoda e bem menos questionadora para nossa sociedade preconceituosa e racista, de continuar enxergando apenas um Jesus loiro, de olhos azuis e cabelos cacheados?

Edmilson Schinelo

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Convite de Dom Hélio


Caríssimo amigo Thiago e amigos: ATENÇÃO: No próximo dia 16/11, sexta-feira, às 12:50, a Rede Vida vai passar uma matéria importante sobre a 64ª Romaria Estadual da Medianeira acontecida domingo passado, 11/11/07 em Santa Maria - RS. Favor avisar com todos os meios que estiverem ao alcance. É uma forma de evangelizar e reavivar a imensa graça que foi a Romaria Estadual da Medianeira deste ano. Um grande obrigado, com a bênção e abraços:


+ Hélio Adelar Rubert – Bispo de Santa Maria - RS

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Pe. José Mário eleito Vice-Coordenador dos Padres do RS

Foi eleita hoje, durante o 26º Encontro de Presbíteros do Regional Sul 3 da CNBB (Rio Grande do Sul), a coordenação da Comissão Regional, que ficou assim constituída: padre Agostinho Dors, de Erexim, para presidente; padre José Mário Angonesi, de Santa Maria, para vice-presidente; padre Eduardo Delazari, de Porto Alegre, para secretário.
O encontro teve início no último dia 6. Além das eleições para a nova coordenação, os participantes se prepararam para o 12º Encontro Nacional de Presbíteros, que acontecerá em fevereiro do próximo ano, em Indaiatuba, SP.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

"Pérola" de Dom Luciano

Achei essa preciosa "pérola" de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida. Espero que aproveitem, matem a saudades e peçam a ele sua intercessão.

Abraços

http://www.oraetlabora.com.br/palestra_dom_luciano.htm

Viver o presente, sem perder a visão do futuro


Em cada momento da vida estas palavras e especialmente o testemunho de vida de Dom Luciano Mendes de
Almeida podem inspirar o nosso viver. Peçamos a Deus que Dom Luciano seja lá do céu nosso luzeiro a nos
guiar.
“Em primeiro lugar, sinto-me chamado a viver o momento presente sem perder, é claro, a visão
do futuro. Sou um homem apaixonado pelo presente, enquanto sei que o presente não volta mais. O
passado tem um valor, sem dúvida, na unidade da pessoa, o futuro possui a novidade da surpresa, mas
o presente, o que é? É aquele momento de transparência da consciência, no qual uma pessoa é
chamada a entrar em comunhão com Deus no evento, a partilhar o sofrimento e a alegria da presença
de Deus. Isso me parece bonito, de um lado, porque a pessoa tem sempre algo a fazer, sendo chamada a
viver o desafio do momento presente; do outro, tem um pouco de paz, porque cada momento leva
consigo uma beleza especial, um pouco da graça de Deus.
Outra característica minha é que me deixo envolver mais pelo sofrimento do que pela alegria,
não porque o sofrimento seja maior que a alegria, mas porque, sabendo com certeza quanto no mundo
o sofrimento esteja presente no coração dos homens, sinto vergonha de viver os momentos de alegria.
Parece-me que a alegria que existe nesse mundo seja um sinal daquela mais plena que um dia teremos,
mas que hoje o chamado mais forte seja o de partilhar com os outros os momentos difíceis, o
sofrimento e, exatamente, no momento presente. Partilhar com os outros o sofrimento faz crescer em
nós a experiência do amor; sinto-me chamado a viver o presente e, no presente, a partilhar o
sofrimento, a doença, a solidão e, depois, a consciência que uma pessoa pode ter do seu sofrimento, da
sua pobreza.
Depois de um dia de trabalho, estou cansado; porém, embora saiba que no dia seguinte terei
várias coisas para fazer, se encontro uma pessoa que sofre, sinto-me impulsionado a ir visitá-la à noite.
Nem todos entendem o quanto seja importante para mim a vontade de conhecer a grandeza de certas
situações que, talvez, segundo outras categorias humanas, parecem pequenas. Não entendem que essas
coisas me dão uma força nova para enfrentar os compromissos no dia seguinte.
Outra característica da minha pessoa é uma mistura de amor por esta vida e de desejo da outra
vida. Amor por esta vida, porque há muito a fazer, desejo da outra, porque é este mundo, onde há o
pecado, que nos faz sofrer. É a mistura do presente com o futuro prometido que impede a vida de ser
plena, enquanto a empurra para aquilo que ainda não existe: da mesma maneira, faz aparecer a
verdade do seu ser e, ao mesmo tempo, sua situação incompleta”.

Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida