sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fórum debate hoje “Espiritualidade e ética na agenda da sustentabilidade”

O III Fórum Mundial de Teologia e Libertação (FMTL) inicia suas atividades, na manhã desta sexta-feira, 23, com a conferência “Espiritualidade e ética na agenda da sustentabilidade” a ser proferida por Emile Townes, dos Estados Unidos, e Steve DeGruchy, da África do Sul. Antes da conferência, os participantes acompanham o “Ritual da Terra”, um momento orante e celebrativo.
O FMTL nasceu em 2005 na esteira do Fórum Mundial Social, e foi realizado pela primeira vez em Porto Alegre. Sua terceira edição, aberta no dia 21, em Belém, traz como tema “Água, Terra e Teologia para outro mundo possível”. Com uma metodologia muito simples, o Fórum é constituído basicamente de uma conferência pela manhã e oficinas à tarde, além de outras atividades.
“O FMTL é como um espaço de encontro para reflexão teológica de alternativas e possibilidades de mundo, tendo em vista contribuir para a construção de uma rede mundial de teologias contextuais marcadas por perspectivas de libertação”, diz o site do Fórum. Outra marca forte do Fórum é o ecumenismo e o respeito às diferenças.
Além das oficinas, o Fórum oferece também o chamado “Café Teológico”. No de ontem, a discussão girou em torno da questão indígena. Várias lideranças indígenas expuseram a experiência religiosa de seus povos. Indígenas da Raposa Serra do Sol falaram de sua luta pela demarcação de suas terras em Roraima.
“A Terra Raposa Serra do Sol tem um milhão e 700 mil hectares e nela moram seis povos indígenas”, explicou o líder da Raposa Serra do Sol. Segundo informou, aí os indígenas criam 86 mil cabeças de gado. Ele denunciou a construção de hidrelétricas na região e o uso de agrotóxicos por fazendeiros. “Sofremos com a plantação de arroz de seis rizicultores que brigam pela terra. Os aviões jogam agrotóxicos no arroz e na soja, que caem também nas comunidades e nos rios, contaminando os indígenas. O Ibama não faz nada porque o dinheiro tem mais poder”, disse.
Nesta sexta-feira, à tarde, os participantes do Fórum farão uma visita programada para conhecer experiências de trabalhos em defesa da ecologia, encerrando as atividades com uma mesa redonda que discutirá “Direitos humanos e teologia”.

http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=887 - acesso em 23/01/2009

Aberto o Fórum Mundial de Teologia em Belém

O auditório do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), em Belém, ficou lotado na noite desta quarta-feira, 21, para a abertura do III Fórum Mundial de Teologia e Libertação FMTL). Dentre as personalidades presentes estavam a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa; Leonardo Boff, primeiro conferencista do evento, nesta quinta-feira; os teólogos, padre Sérgio Torres, idealizador do Fórum, e frei Luis Carlos Susin, secretário do Fórum.
Participaram ainda da cerimônia de abertura os bispos da Presidência do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces (presidente); dom Orani João Tempesta (vice-presidente); dom Carlos Verzeletti (secretário). Além deles, o bispo de Macapá, dom Flávio Giovenale, e de Imperatriz, dom Gilberto Pastana de Oliveira, também prestigiaram o evento.
“O Fórum nos ajuda a revitalizar aquilo que dentro de nossa igreja, às vezes, não estamos acostumados a ouvir. Vai ser interessante ouvir o que as pessoas de fora vão dizer sobre a água. Nós (da Amazônia) já estamos acostumados. Isso pode ajudar a Amazônia”, disse dom Jesus Maria Berdonces.
Um dos idealizadores do Fórum, o chileno padre Sergio Torres recordou o contexto em que surgiu a iniciativa. “O espírito do Fórum Social Mundial também contaminou a teologia que tem muito a aprender e também a compartilhar”, acentuou. O primeiro FMTL aconteceu em 2005, em Porto Alegre, e o segundo no Quênia, em 2007.
O secretário do FMTL, frei Luis Carlos Susin, acolheu oficialmente os participantes e explicou a dinâmica do encontro que reúne cerca de mil pessoas dos cinco continentes até o dia 25. Lembrando o tema, Susin ressaltou a diversidade que caracteriza a vida e os povos. “A vida fala e adora nos diversos povos. Somos uma família e estamos mais próximos uns dos outros, para o bem ou para o mal. A Amazônia pode nos ensinar. Onde as vidas são acolhidas e cuidadas, ali o próprio Deus é hospedado”, disse.
Já a governadora Ana Júlia Carepa se disse “honrada” por acolher o Fórum e afirmou que também se identifica “com muitos de seus princípios”. Em seguida exaltou as qualidades de seu estado. “O Pará é o estado-síntese da exuberância da Amazônia, também para o bem ou para o mal. É cheio de complexidade”.
Além de conferências abordando o tema Água, Terra e Teologia, o Fórum oferece também o Café Teológico em que serão apresentados filmes e exposições e 40 oficinas.
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=885 - acesso em 23/01/2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Freiras são ameaçadas de despejo em Fortaleza

Nesta segunda-feira, 19, as irmãs mensageiras de Santa Maria, que residem em Fortaleza (CE) foram ameaçadas de serem despejadas pelo Governo do estado. “O Governo quer construir na Avenida Washington Soares, um pavilhão para feiras e está obrigando as irmãs a saírem antes mesmo de pagarem o valor devido, conforme laudo pericial da Caixa Econômica Federal”, denunciam as irmãs.
As freiras disseram também que se não saírem do local, o Governo do Ceará prometeu “nos surpreender com um trator que irá para derrubar o convento”.
As irmãs mensageiras de Santa Maria fazem um trabalho de Evangelização junto ao povo pobre desde 1957 em todo o Brasil. Em Fortaleza, elas residem na Avenida Washington Soares a 47 anos, onde realizam um trabalho de caráter social gratuito, evangelizando por meio de visitas, encontros humanitários e acolhida a pessoas carentes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dom Luiz Azcona denuncia exploração sexual de menores à CPI da Pedofilia no Pará


O bispo da Prelazia do Marajó, dom José Luiz Azcona, foi ouvido durante a primeira audiência pública da CPI da Pedofilia, instalada pela Assembléia Legislativa do Pará, para investigar casos de abusos e exploração sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó.
Dom Luiz já havia feito denúncias sobre o crime de exploração sexual de menores, o que teria motivado a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito no Pará em dezembro do ano passado.
Em mais de duas horas de depoimento, o bispo confirmou as denúncias informando ainda o envolvimento de políticos e empresários no aliciamento de menores que são abordados mesmo no interior das escolas onde estudam. Dom Azcona disse ainda estar sendo ameaçado de morte por conta das denúncias que vem fazendo sobre a situação no Marajó. Ele destacou ocorrências de exploração sexual nas cidades de Breves e Portel. Mas, também citou casos que aconteceram em Santarém, Cametá, Abaetetuba, Altamira e Belém.
Um relatório foi entregue aos deputados designados para a CPI, contendo fotos, gravação de vídeo, documentos oficiais, nomes de parlamentares, empresários e de outras autoridades, além de estatísticas de entidades sociais, relação de locais públicos e privados, envolvidos em denúncias da existência de abuso, exploração sexual de crianças e menores no estado do Pará.
O bispo da prelazia do Marajó acredita que o problema é grave não somente pela extensão e número de ocorrências mais ainda pelo 'modus operandi' que se dá a exploração e abuso, a luz do dia, próximo a policiais militares e civis, no interior de salas de aulas, em ruas e locais públicos, como portos e bares de grande circulação.
"Somos terra de ninguém, não temos um só barco da marinha controlando a entrada e saída de ninguém, lá existe biopirataria, tráfico de armas, saída de drogas, de mulheres para o exterior, não temos a presença do estado para enfrentar os narcotraficantes", disse dom Luiz Azcona.
O deputado Bira Barbosa, presidente da CPI, disse que a partir do depoimento oficial do bispo sobre as denúncias a Comissão passa a ter material concreto para as investigações. As datas das próximas audiências ainda não foram definidas. Depois do depoimento do bispo, que ocorreu na semana passada, os deputados participaram de uma reunião secreta da CPI, somente para os deputados membros - titulares e suplentes da Comissão.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Nomeado o bispo auxiliar da diocese de Passo Fundo

Nesta quarta-feira, 14, o papa Bento XVI anunciou a nomeação do bispo titular de “Tucca di Numidia” e auxiliar da diocese de Passo Fundo (RS), o mons. Liro Vendelino Meurer, atualmente pároco da paróquia São Geraldo, em Porto Alegre (RS). O pedido de um bispo auxiliar para Passo Fundo foi feito pelo bispo diocesano, dom Ercílio Simon, que foi acolhido pelo pontífice.
Mons. Liro Vendelino Meurer
Pertencente ao clero arquidiocesano de Porto Alegre, mons. Liro Vendelino Meurer nasceu no dia 13 de julho de 1954, na localidade de Linha de Júlio de Castilhos, município de Montenegro, atualmente Salvador do Sul. O novo bispo auxiliar é filho de Jacob Edvino Meurer e Ágata Catarina Meurer. Ele é o terceiro da família de seis irmãos.
Seus estudos primários foram realizados em sua terra natal. Em 1967 ingressou no Seminário São João Maria Vianney, Bom Princípio, onde permaneceu dois anos. Entre os anos 1969 e 1974 estudou no Seminário São José de Gravataí, completando o ginásio e cursando o segundo grau – hoje ensino médio.
Começou a Faculdade de Filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Viamão (RS) e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na capital gaúcha. Sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 12 de dezembro de 1981 por dom Cláudio Colling. Durante seus 27 anos de sacerdócio exerceu as funções de vigário paroquial da paróquia Santo Antônio de Estrela, em 1982, e foi assistente dos seminaristas do Seminário São José de Gravataí. Nos anos 1984 a 1990 foi diretor e assistente do propedêutico no mesmo Seminário. No mesmo período fez curso de formadores, com especialização em psicopedagogia, no Seminário de Viamão.
Em 1991, mons. Liro Vendelino foi pároco da Paróquia Nossa Senhora do Mont’ Serrat, em Porto Alegre, e diretor espiritual no Seminário São José de Gravataí. De 1992 a 1996, ele foi reitor do Seminário São João Maria Vianey, Bom Princípio e de 1997 a 2006, pároco da Paróquia São João Batista, em Camaquã, e simultaneamente vigário episcopal do Vicariato Camaquã-Guaíba, durante três anos. Em 2007 foi pároco da Paróquia Santa Luzia, em Porto Alegre. No passado até o momento, ele é pároco da Paróquia São Geraldo, em Porto Alegre, sendo que também é assessor eclesiástico do Movimento de Cursilho de Cristandade.

http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=844 - acesso em 16/01/2009

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Papa nomeia dois novos bispos para o Brasil

O papa Bento XVI anunciou, nesta quarta-feira, 7, dois novos bispos para o Brasil. Para a diocese de Iguatu, no estado do Ceará, foi nomeado o carmelita frei João José da Costa, em substituição a dom José Doth de Oliveira,70, que solicitou sua renúncia antes de completar os 75 anos, conforme o Cânon 401 § 2º.
Para a diocese de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi nomeado o padre José Moreira Bastos Neto, diocesano de Caratinga (MG). Ele substituirá a dom Izidoro Kosinsck, CM, de 76 anos, cujo pedido de renúncia foi aceito por Bento XVI, conforme o Cânon 401 § 1º.
O novo bispo de Iguatu
O frei João da Costa, 50, é sergipano da cidade de Lagarto. Ingressou no Postulantado da Ordem dos Carmelitas em 1982, na cidade de Camocim de São Felix (PE), onde também fez o noviciado (1985) e sua profissão simples (1986). Cursou a Filosofia no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, fazendo sua profissão perpétua em 1988. Inicia a teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), na capital paulista, e termina o curso em Recife, no Instituto Franciscano de Olinda (IFTO). É ordenado presbítero em 1992.
Nomeado Conselheiro Provincial dos carmelitas, em 1993, frei João é enviado para o Convento de São José da Princesa Isabel, sendo nomeado administrador paroquial das paróquias Divino Espírito Santo, em Manaíra (PB) e Santa Terezinha, em Juru (PB). Em 1996, é novamente eleito Conselheiro Provincial e, em 1999, é eleito Provincial da Ordem, sendo reeleito em 2003. Atualmente, é Conselheiro e Prior do Convento do Carmo de São Cristóvão, em Sergipe, e presta assistência espiritual na Fazenda da Esperança, em Lagarto (SE).
O novo bispo de Três Lagoas
Mineiro de Simonésia, padre José Moreira Bastos Neto nasceu no dia 25 de janeiro de 1953 e foi ordenado presbítero em 28 de outubro de 1979. Fez seus estudos em Simonésia ( 1962-1970) e no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário de Caratinga (1971-1979). Foi pároco em Divino (1979-1986), Tarumirim (1986-1988), Santo Antônio do Manhuaçu (1988), Conceição de Ipanema e Chalé (1988-1997), Carangola e Faria Lemos (1997), Entre Folhas (1988-1999), Santa Rita de Minas (2006), Vila Nova (2007-2009) e São João do Manhuaçu (2007-2008).
No Seminário Diocesano, padre José Moreira exerceu as atividades de professor (1974-2008), ecônomo (1987), reitor (200-2005) e reitor do Propedêutico (1988-1989). Exerceu também as funções de representante dos presbíteros no Regional Leste II da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo), assistente diocesano da juventude, das CEBs. Foi membro do Conselho Presbiteral, do Colégio de Consultores e coordenador diocesano de pastoral.

http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=813 - acesso em 08/01/2009